terça-feira, 29 de junho de 2010

Um poquiiinhoooo assim de sacanagem na indústria do futebol.

João Havelange assumiu a presidência da FIFA (Federação Internacional de Futebol) em 1974.

A primeira Copa do Mundo transmitida ao mundo pela televisão foi a Copa de 1970, no México.

Os visionários e gananciosos viram que uma Compa "globalizada" poderia significar dinheiro fazendo um esquema simples: Eu (fifa) faço o campeonato e ganho grana em direitos de transmissão.

Foi o que Havelange fez.

Gerou um império se associando à Adidas e à Coca-Cola. Império este que consiguiu proezas como fazer uma Copa no país que inventou a cerveja, a Alemanha, onde a FIFA permitiu apenas a venda de cerveja americana Budweiser nos estádios....Vocês inventaram a cerveja? Tudo bem. Toma em casa. No estádio só americana.

E pra completar a história toda, dois raciocíneos maravilhosos de alguns internautas ligados:


"Curioso é quando comparamos os confrontos das quartas de final pelas marcas das camisas das seleções:

Brasil e Holanda - Nike x Nike

Uruguai e Gana - Puma x Puma

Argentina e Alemanha - Adidas x Adidas

Paraguai e Espanha - Adidas x Adidas

As seleções perdem, mas as marcas sempre ganham...

E a Adidas mais uma vez estará na final da Copa, como esteve em 74, 78, 82, 86, 90, 98, 2002 e 2006..." (Alessandro)


"Ronaldinho não foi convocado para a seleção brasileira. Cannavaro, Drogba e Ribery foram eliminados na primeira fase. Nas oitavas de final, foi a vez de Rooney e Cristiano Ronaldo. Nenhum dos garotos-propaganda conseguiu escrever o futuro, como é o mote da campanha de 2010 da multinacional da vestimenta esportiva dos EUA. Kaká, Messi e Villa, meninos da concorrente Adidas, continuam na corrida." (Fernando Lima Gama Junior )

sábado, 26 de junho de 2010

A Academia e os pitacos políticos.

Para quem não sabe, eu faço Geografia. Um dos meus maiores orgulhos nessa fase da vida.
Entrei no curso gostando muito da área de política e economia, e hoje, seguindo para o 4° semestre, assumo ainda mais minha paixão por economia e política, e descubro cada vez mais um maravilhoso universo dentro da chamada "geografia física" Aquela que tem a capacidade de explicar porquê o aquecimento global pode ser uma mentira, ou algo bom à natareza, uma vez que a "vida gosta de calor". Aquela geografia que reconhece que se as calotas polares derreterem totalmente, a Rússia terá o maior mar navegável do mundo. Será ruim para a Rússia o quecimento global???

Pena que na escola, meus professores ensinavam apenas que geografia física era decorar a diferença de chuvas entre São Paulo e Amazonas.

Sempre me perguntei o motivo dessas comparações, e hoje me questiono ainda mais. Ora, no Brasil tem mais gente que conhece a Disney do que a Amazônia, logo seria melhor comparar os índices de chuva entre São Paulo - a cidade dos que pensam ser novayorquinos - com os índices de chuva de Orlando, cidade que abriga a Disney, a única empresa que consegue fazer sucesso com um desenho que se desenrola todo na África, mas com o único personagem negro sendo um macaco.


Toda essa divagação fugiu um tanto da minha proposta, mas volto a ela agora.
Comecei meu texto assumindo o gosto pela economia pois agora pouco estava lendo um trabalho que fiz na matéria de Geografia Econômica, matéria em que tive que fazer prova de recuperação. Pense o que quiser sobre isso, mas a vida é assim, gostar de algo não é ter sucesso nele.

O pior de tudo é que, depois de quase um ano, leio meu trabalho e gosto muito dele, não sei porque a professora foi tão reativa com minha idéias. Mas tudo bem, sou vaidoso, gostei do que escrevi e por isso coloco um pedacinho do texto aqui. Nele falo um pouco sobre a Argentina, o modo de exploração das empresas e dou uma cutucada na mídia, essa mídia que está tentando transformar o Dunga num monstro, ou melhor, um anão num gigante, sendo que o gigante é a Fifa, a empresa que fez uma Copa no país que inventou a cerveja, a Alemanha, mas obrigou o anfitrião do maior campeonato de futebol a vender cerveja americana. Um soco no estômago da alemãozada.

Bem...segue logo o texto, antes que isso vire uns dez posts, rs:

O Estado no mundo subdesenvolvido não só orquestra desvalorizações, mas definitivamente, abre as pernas para que empresas globais se apossem de bens naturais do país, privatizando água, energia, recursos minerais e bancos, provocando em muitos casos, choques e crises pavorosas. Caso do governo Menem na Argentina. País que ao ficar "mal da pernas", com o aparato do Estado, congelou contas bancárias dos cidadãos e deixou escapar mais de 40 bilhões nas mãos de empresas que partiram em disparada do país, provocando um caos total, que eclodiu em massas nas ruas exigindo o seu dinheiro de volta.


A abertura da economia argentina para empresas estrangeiras, associado à crescente dependência entre este país e o FMI durante a década de 90 no governo Menem foi chamado de "El modelo". Basicamente, o modelo consiste no que disse Milton Santos em “Por uma outra globalização”. Ou seja, as empresas [...] que são também agentes financeiros, mobilizados em função da sobrevivência e da expansão de cada firma em particular [associado] a lógica dos governos financeiros globais são os carros chefes da lógica do dinheiro. Como forma de conter os protestos, os detentores do papel de emitir informação crítica, fazem o papel de confundir a todos.

e...nas palavras de Milton Santos.


"O que é transmitido à maioria da humanidade é, de fato, uma informação manipulada que, em lugar de esclarecer, confunde. Isso tanto é mais grave porque, nas condições atuais da vida econômica e social, a informação constitui um dado essencial e imprescindível. Mas na medida em que o chega às pessoas, como também às empresa e instituições hegemonizadas, é, já, o resultado de uma manipulação, tal informação se apresenta como ideologia."

sexta-feira, 11 de junho de 2010

A diferença do bom Rap.

Segue um vídeo indicado por um grande amigo, André Madruga.

Porquê rap mesmo não é clipe em mansão com carro de luxo, é protesto.




Acorde!

quinta-feira, 10 de junho de 2010

Denúncia!

Texto do blog do Nassif sobre o jogo da mídia, excelente.

A mídia e a tática da demonização.

por Luís Nassif

As pesquisas qualitativas dos institutos de pesquisa Datafolha e Ibope são bastante reveladoras de métodos tradicionais da velha mídia.
Até algum tempo atrás, uma das táticas mais bem sucedidas do jogo jornalístico consistia na demonização de personagens. Criavam personagens à altura dos filmes de terror classe B de Hollywood, passando para o leitor a sensação do perigo iminente, do vilão de sete vidas cujo único antídoto era o trabalho corajoso e pertinaz da mídia.
Depois da democratização, viveram esse personagem sucessivamente Orestes Quércia, Paulo Maluf, José Sarney, Fernando Collor, Sérgio Motta. Em caráter regional, Joaquim Roriz. Mais recentemente, Renan Calheiro e José Dirceu.
É só conferir o depoimento do leitor que foi pesquisado pelo IBOPE – com a pergunta sobre o que achava de José Dirceu – e a matéria de hoje da Folha, uma forçada de barra para colocar o nome de Dirceu na campanha.
um jogo tão óbvio que no ataque perpetrado pela Folha contra mim, a editora de Política Vera Magalhães colocou na matéria que, no tal episódio da Eletronet, eu tinha feito a defesa do Dirceu. Quem leu sabe que não houve nada disso, mas incluindo o nome do "maldito", julgava poder prescindir da necessidade de levantar argumentos consistentes sobre a cobertura que dei ao caso - e que comprometia a Folha.
Embora a própria opinião pública considerasse vilão maior, ACM jamais entrou nessa lista. Sempre foi poupado mercê dos grandes favores prestados a grupos de comunicação, quando foi Ministro de Sarney; e também graças às ligações com grupos de influência entre jornalistas – pessoas que, mesmo sem ocupar cargos de direção, lograram montar um séquito de aliados nas diversas redações.
Na ponta do lápis, não há grandes diferenças entre os métodos de alguns capitães de mídia e alguns coronéis políticos.
No início da série sobre a Veja, mostrei a estratégia da manipulação de escândalos, comparando a uma gôndola de supermercado, na qual o jornal retira o pacote de escândalo conveniente a cada momento, se não tem fabrica, com o intuito de transformar em arma dos seus próprios interesses pessoais. O denuncismo da mídia não obedece a uma lógica de depurar a política e controlar os poderes, mas como ferramenta de seus próprios interesses.
Logo depois, esse jogo se escancarou de maneira inédita com os desdobramentos do caso Satiagraha, no qual a velha mídia fuzilou reputações de juízes, desembargadores, jornalistas, delegados de polícia de forma inédita. E tudo isso em defesa de Daniel Dantas.
Com as características da política brasileira, a indignação seletiva pe desmascarada instantaneamente. Aliançcas são inevitáveis. Lula se alia a Collor e Renan; Serra a Quércia e Maluf; FHC recebe Joaquim Roriz. Ou seja, demônios para todos os gostos e partidos. A velha mídia seleciona apenas os dos adversários, praticando o velho jogo dos tempos das cortinas fechadas. Só que a blogosfera inteira acompanha o jogo de dentro do palco. Algo ridículo.
Por isso mesmo, esse denuncismo tende a perder força a cada momento. E, insistindo nesse jogo aberto – porque escancarado hoje pelas novas mídias – a velha mídia arrisca-se a ser o próximo ator do personagem que ela escolheu: o demônio da hora.

terça-feira, 8 de junho de 2010

Para se pensar.....

"Se reinasse a paz mundial a indústria bélica dos norte americanos iam fazer o que? Investir em igrejas?"

[comentário do internauta Alex no site "http://www.advivo.com.br/blog/luisnassif/o-futuro-de-hillary-clinton#more"]

Ocupação X Invasão

Porque quando os EUA invadem um país, enforca seu chefe de Estado, e implanta um governo fantoche, a mídia chama de ocupação.
















.....se o protesto é por salários, sem mortos ou feridos, vindo da classe trabalhadora, o nome é invasão.



Nem o Zeca Camargo aguenta mais a Globo.

Segue aí um vedeozinho maroto do Zeca Camargo dando uma bocejada ao vivo...reparem o pulinho de susto que ele dá... rs













sábado, 5 de junho de 2010

Fatos e versões. Israel nos ensina, como os EUA, a inventar inimigos.

Quando Hitler brincava de War nos territórios europeus, conquistando locais na conversa ou no canhão, as vezes só no canhão, tinhamos um mundo geopolíticamente divido em: Comunistas, representados pela extinta União Soviética; Liberais capitalistas representados pelos países ocidentais; e os Nazistas, representados por preconceituosos, desesperados, apaixonados, fanáticos, e todos que tivessem potencial para ter suas mentes guiadas por um louco austríaco defensor da identidade alemã.

Que esse arranjo de conflitos terminaram na Segunda Guerra Mundial matando milhões de pessoas não é novidade.
Cabe aqui a pergunta: Quando a guerra tornou-se inevitável?

Para essa pergunta temos uma resposta dada pelos liberais, uma dos nazistas, e uma dos comunistas.
Vamos por partes...

Em 1938, quase um ano antes da guerra estourar, um acordo firmado entre ingleses, franceses, italianos e hitleristas decidiu o futuro da Checoslováquia, dada de lambuja para Hitler.

Para os Comunistas este acordo incentivou Hitler a avançar sobre o leste europeu, quebrando o Tratado de não-agressão Germano-Soviético.

Para os ingleses, o pacto Germano-Soviético (hitler-stalin) era uma aliança de totalitarismos, o que tornou a guerra inevitável.... É daí que surge a famigerada idéia tão projetada pela mídia podre e pelos pobres de espírito de que facismo e comunismo são farinha do mesmo saco.

Para os Nazistas, a Inglaterra declarou guerra à Alemanha simplesmente porque os alemães estavam "se dando bem" na questão da Polônia.



Três versões para um mesmo fato. Normal tanto em política internacional como em fofocas de bairro. Trabalho a mais para historiadores, e curiosos em geral.


Recentemente tivemos um stress internacional triste e curioso:

Israel recebeu a balas um navio com pessoas que levariam ajuda humanitária a Gaza (alimentos, remédios, material de construção, etc).

Israel se defende alegando ter sido primeiramente atacado. Para se defender matou 9 passageiros desarmados....O Estado israelense sabe mesmo o que é ser desproporcional.

Os EUA, acostumados a dar xiliques pirotécnicos quando tem seus interesses afetados não parecem ter ficado tão irritados....Terrorismo é atentado de xiita quando explode a cintura na frente da embaixada. Quando o Estado judeu mata inocentes o nome é 'evento trágico' como disse o Philip Crowley, porta-voz do Departamento de Estado americano. Esse discurso é apoiado pela falta de discussão séria dos meios de comunicação sobre o assunto. Os canais de televisão parecem que do Oriente Médio só conhecem o luxo de Dubai. Mostre a alguém um palestino torcendo para seu time de coração e veja o espanto do brasileiro ao saber que existe palestinos que fazem a barba e falam de futebol.

A Turquia, democracia muçulmana que integra a Otan classificou o episódio do ataque como criminoso.

Representantes da União Européia, da Onu, da Otan, do mundo todo, tem condenado o ataque, inclusive os EUA, timidos que só, mas condenaram....e cabe aqui outra pergunta: Quando e porquê o extermínio de inocentes tornou-se inevitável?

Hoje não temos mais um mundo divido em comunismo/liberalismo/nazi-facismo, mas comunistas e capitalistas ainda se fazem representar. O nazi-facismo acabou, mas Israel parece estar tentando suprir a lacuna com um outro tipo ideologia de extermínio.

As crianças palestinas que hoje tem por volta de dez anos ja conhecem bem o sofrimento, e sabem de onde ele vem. Corto meu pescoço mas não falo de onde é.

Daqui a poucos anos, quando esses garotos ja tiverem idade o suficiente para defender seu povo como tem feito alguns dos palestinos., com bombas, qual versão dos fatos será contada para explicar as razões do 'incidente'?

Hoje, Israel é quem brinca de War com os palestinos, mas os palestinos ainda não aprenderam o jogo. E não se espante se alguém pegar o controle da mão deles para brincar de igual para igual com o Estado judeu.