sábado, 26 de junho de 2010

A Academia e os pitacos políticos.

Para quem não sabe, eu faço Geografia. Um dos meus maiores orgulhos nessa fase da vida.
Entrei no curso gostando muito da área de política e economia, e hoje, seguindo para o 4° semestre, assumo ainda mais minha paixão por economia e política, e descubro cada vez mais um maravilhoso universo dentro da chamada "geografia física" Aquela que tem a capacidade de explicar porquê o aquecimento global pode ser uma mentira, ou algo bom à natareza, uma vez que a "vida gosta de calor". Aquela geografia que reconhece que se as calotas polares derreterem totalmente, a Rússia terá o maior mar navegável do mundo. Será ruim para a Rússia o quecimento global???

Pena que na escola, meus professores ensinavam apenas que geografia física era decorar a diferença de chuvas entre São Paulo e Amazonas.

Sempre me perguntei o motivo dessas comparações, e hoje me questiono ainda mais. Ora, no Brasil tem mais gente que conhece a Disney do que a Amazônia, logo seria melhor comparar os índices de chuva entre São Paulo - a cidade dos que pensam ser novayorquinos - com os índices de chuva de Orlando, cidade que abriga a Disney, a única empresa que consegue fazer sucesso com um desenho que se desenrola todo na África, mas com o único personagem negro sendo um macaco.


Toda essa divagação fugiu um tanto da minha proposta, mas volto a ela agora.
Comecei meu texto assumindo o gosto pela economia pois agora pouco estava lendo um trabalho que fiz na matéria de Geografia Econômica, matéria em que tive que fazer prova de recuperação. Pense o que quiser sobre isso, mas a vida é assim, gostar de algo não é ter sucesso nele.

O pior de tudo é que, depois de quase um ano, leio meu trabalho e gosto muito dele, não sei porque a professora foi tão reativa com minha idéias. Mas tudo bem, sou vaidoso, gostei do que escrevi e por isso coloco um pedacinho do texto aqui. Nele falo um pouco sobre a Argentina, o modo de exploração das empresas e dou uma cutucada na mídia, essa mídia que está tentando transformar o Dunga num monstro, ou melhor, um anão num gigante, sendo que o gigante é a Fifa, a empresa que fez uma Copa no país que inventou a cerveja, a Alemanha, mas obrigou o anfitrião do maior campeonato de futebol a vender cerveja americana. Um soco no estômago da alemãozada.

Bem...segue logo o texto, antes que isso vire uns dez posts, rs:

O Estado no mundo subdesenvolvido não só orquestra desvalorizações, mas definitivamente, abre as pernas para que empresas globais se apossem de bens naturais do país, privatizando água, energia, recursos minerais e bancos, provocando em muitos casos, choques e crises pavorosas. Caso do governo Menem na Argentina. País que ao ficar "mal da pernas", com o aparato do Estado, congelou contas bancárias dos cidadãos e deixou escapar mais de 40 bilhões nas mãos de empresas que partiram em disparada do país, provocando um caos total, que eclodiu em massas nas ruas exigindo o seu dinheiro de volta.


A abertura da economia argentina para empresas estrangeiras, associado à crescente dependência entre este país e o FMI durante a década de 90 no governo Menem foi chamado de "El modelo". Basicamente, o modelo consiste no que disse Milton Santos em “Por uma outra globalização”. Ou seja, as empresas [...] que são também agentes financeiros, mobilizados em função da sobrevivência e da expansão de cada firma em particular [associado] a lógica dos governos financeiros globais são os carros chefes da lógica do dinheiro. Como forma de conter os protestos, os detentores do papel de emitir informação crítica, fazem o papel de confundir a todos.

e...nas palavras de Milton Santos.


"O que é transmitido à maioria da humanidade é, de fato, uma informação manipulada que, em lugar de esclarecer, confunde. Isso tanto é mais grave porque, nas condições atuais da vida econômica e social, a informação constitui um dado essencial e imprescindível. Mas na medida em que o chega às pessoas, como também às empresa e instituições hegemonizadas, é, já, o resultado de uma manipulação, tal informação se apresenta como ideologia."

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