sábado, 5 de junho de 2010

Fatos e versões. Israel nos ensina, como os EUA, a inventar inimigos.

Quando Hitler brincava de War nos territórios europeus, conquistando locais na conversa ou no canhão, as vezes só no canhão, tinhamos um mundo geopolíticamente divido em: Comunistas, representados pela extinta União Soviética; Liberais capitalistas representados pelos países ocidentais; e os Nazistas, representados por preconceituosos, desesperados, apaixonados, fanáticos, e todos que tivessem potencial para ter suas mentes guiadas por um louco austríaco defensor da identidade alemã.

Que esse arranjo de conflitos terminaram na Segunda Guerra Mundial matando milhões de pessoas não é novidade.
Cabe aqui a pergunta: Quando a guerra tornou-se inevitável?

Para essa pergunta temos uma resposta dada pelos liberais, uma dos nazistas, e uma dos comunistas.
Vamos por partes...

Em 1938, quase um ano antes da guerra estourar, um acordo firmado entre ingleses, franceses, italianos e hitleristas decidiu o futuro da Checoslováquia, dada de lambuja para Hitler.

Para os Comunistas este acordo incentivou Hitler a avançar sobre o leste europeu, quebrando o Tratado de não-agressão Germano-Soviético.

Para os ingleses, o pacto Germano-Soviético (hitler-stalin) era uma aliança de totalitarismos, o que tornou a guerra inevitável.... É daí que surge a famigerada idéia tão projetada pela mídia podre e pelos pobres de espírito de que facismo e comunismo são farinha do mesmo saco.

Para os Nazistas, a Inglaterra declarou guerra à Alemanha simplesmente porque os alemães estavam "se dando bem" na questão da Polônia.



Três versões para um mesmo fato. Normal tanto em política internacional como em fofocas de bairro. Trabalho a mais para historiadores, e curiosos em geral.


Recentemente tivemos um stress internacional triste e curioso:

Israel recebeu a balas um navio com pessoas que levariam ajuda humanitária a Gaza (alimentos, remédios, material de construção, etc).

Israel se defende alegando ter sido primeiramente atacado. Para se defender matou 9 passageiros desarmados....O Estado israelense sabe mesmo o que é ser desproporcional.

Os EUA, acostumados a dar xiliques pirotécnicos quando tem seus interesses afetados não parecem ter ficado tão irritados....Terrorismo é atentado de xiita quando explode a cintura na frente da embaixada. Quando o Estado judeu mata inocentes o nome é 'evento trágico' como disse o Philip Crowley, porta-voz do Departamento de Estado americano. Esse discurso é apoiado pela falta de discussão séria dos meios de comunicação sobre o assunto. Os canais de televisão parecem que do Oriente Médio só conhecem o luxo de Dubai. Mostre a alguém um palestino torcendo para seu time de coração e veja o espanto do brasileiro ao saber que existe palestinos que fazem a barba e falam de futebol.

A Turquia, democracia muçulmana que integra a Otan classificou o episódio do ataque como criminoso.

Representantes da União Européia, da Onu, da Otan, do mundo todo, tem condenado o ataque, inclusive os EUA, timidos que só, mas condenaram....e cabe aqui outra pergunta: Quando e porquê o extermínio de inocentes tornou-se inevitável?

Hoje não temos mais um mundo divido em comunismo/liberalismo/nazi-facismo, mas comunistas e capitalistas ainda se fazem representar. O nazi-facismo acabou, mas Israel parece estar tentando suprir a lacuna com um outro tipo ideologia de extermínio.

As crianças palestinas que hoje tem por volta de dez anos ja conhecem bem o sofrimento, e sabem de onde ele vem. Corto meu pescoço mas não falo de onde é.

Daqui a poucos anos, quando esses garotos ja tiverem idade o suficiente para defender seu povo como tem feito alguns dos palestinos., com bombas, qual versão dos fatos será contada para explicar as razões do 'incidente'?

Hoje, Israel é quem brinca de War com os palestinos, mas os palestinos ainda não aprenderam o jogo. E não se espante se alguém pegar o controle da mão deles para brincar de igual para igual com o Estado judeu.

Um comentário:

  1. Muito boa a pesquisa não sei nem o que comentar, rs. Mariana Pádua

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