segunda-feira, 31 de maio de 2010

A transformação da saúde em um comércio perverso.

A Folha divulgou um estudo do Cremesp (Conselho Regional de Medicina de SP), onde médicos foram questionados, entre outras coisas, sobre a influência dos propagandistas de laboratórios farmacêuticos na hora da prescrição de um medicamento.

48% dos médicos que recebem visitas de propagandistas de laboratório em seus consultórios responderam que seguem as sugestões dos mesmos.
Ou seja, boa parte dos médicos lhe dão um remédio a partir de orientações de uma indústria especialista na área, que o atualiza das novidades do mercado. O que não teria nada de errado....

Quem assistiu ao filme "O Jardineiro fiel" sabe que tem algo errado, e muito errado mesmo.

O filme conta um pouco sobre como alguns desses grandes laboratórios "testam" seus remédios obrigando pacientes aidéticos da África, que recebem remédio gratuito de certos laboratórios, a tomarem um outro remédio, e relatar seus 'efeitos'.

A lógica é simples:

Você é um africano pobre e aidético. (desgraça pouca é bobagem)

Se quiser meu remédio para AIDS de graça terá que tomar um outro, para outra doença qualquer, só pra me dizer os efeitos colaterias.

Quando eu chegar a uma fórmula que não provoque danos eu começo a vender o medicamento na Europa.




Inocência é achar que isso ocorre só na África.
Se o país é do sul e pobre, é grande candidato a ser o berço dos testes de medicamentos. Que orgulho eim!


Uma das substâncias mais usadas para emagrecimento no Brasil é a sibutramina.
A Emea, agência de medicamentos da Europa, suspendeu o uso do medicamento pois o mesmo aumentaria os riscos de doença cardíaca.

O Brasil é recordista em consumo de remédios para emagrecer, e a sibutramina é uma das substâncias legalizadas encabeçando a lista das mais usadas para emagrecimento no país. Acaso?...

Quem for mais curioso encontrará uma lista grande de remédios proibidos nos EUA e Europa e ainda comercializados nos desgraçados países do sul. Divirta-se.

quinta-feira, 27 de maio de 2010

José Serra nos dá uma lição de como não se fazer Política. Ou de como fazê-la com "p" minúsculo.

O post anterior sobre o Serra foi uma brincadeira surgida a partir de algumas idéias que tive em conversas sobre a lei anti-fumo, os episódios deprimentes de repressão policial na USP em 2009, e outras coisas mais sobre o governo Serra... Créditos à conversa com o Prof. Dr. André Roberto Martin.

A relação existente entre esses dois episódios citados foi que em ambos os casos o sr. José Serra conseguiu desagradar a gente que normalmente vota nele.

Me explico nest post com o caso da repressão policial, e num próximo post tentarei sistematizar opiniões sobre a lei anti-fumo.

Vamos lá:



Quando da greve na usp de funcionários, alunos, e professores (que tbm são funcionários, embora não pareçam gostar da distinção), havia nas exigências dos sindicatos de ambas as categorias, propostas sobre carreira e questões salariais. Reclamações comuns a qualquer categoria.

A greve geral começou efetivamente após a fatídica invasão da tropa de choque na USP e a porradaria que se sucedeu.

Foi um dia de manifestação que reunia apenas algumas centenas de pessoas entre estudantes e funcionários em geral - incluindo professores - concentrados num dos portões da USP. O portão principal é óbvio...
Havia faixas e gritos de protestos os mais variados. Estavam ali tanto os apenas curiosos, a fim de ver no que aquilo tudo ia dar. Como aqueles que vêem nos movimentos de contestação sempre uma possibilidade de mudança, e queriam ajudar, compor a massa.
Entre esses há de tudo, marxistas, anarquistas, utópicos variados e, óbviamente, os que representam algum partido político normalmente de esquerda. PCO, PC do B, PSOL...

A porradaria intensa não quebrou o movimento. Pior, fortaleceu...
Os estudantes recuaram na base da borrachada e do famoso gás de pimenta, aquele usado "para temperar a ordem", como cantou o Nação Zumbi na expressão magnífica de Chico Science.

Ruas e ruas da cidade universitária tomadas pelos policiais do choque num movimento verdadeiramente de guerra, sem dó, e sem reação é óbvio.... É difícil bater em policiais com livros....






Os estudantes conseguem impor algumas barricadas, tomando ao menos algumas vias próximas aos prédios que compõem as faculdades de humanas na cidade universitária...

Parte dos estudantes dormiram nestas barricadas, e quem estava em casa pode assistir a péssima cobertura do Datena sobre o evento. E a infeliz redução do movimento a uma “treta com policiais”

No outro dia..., a resposta.

Professores, alunos e funcionários indignados.
Excluindo é lógico a parcela de alunos e estudantes alienados, assistindo e dando suas aulas como se a tropa de choque na universidade fosse coisa comum...

Triste dizer, mas estes "alienados" eram maioria.

Não são de tudo culpados. O Movimento Estudantil está estagnado numa politicagem que eu chamaria de"cabrera". Mas isso cabe em outro post.

A reitora na época, Suely Vilela, responsável primeira pela chamada da polícia, foi alvo de expressões e xingos que ela talvez nem conheça... Faltou pedir a cabeça dela na assembléia de professores...

A greve continua por mais um tempo e algumas vitórias são efetivadas. Certo aumento e outros benefícios poucos.

Acaba-se a greve, acaba-se o ano, muda-se o reitor.

O reitor é escolhido pelo governador a partir de uma lista de 3 candidatos votados num conselho universitário que compõe 320 votantes entre alunos, diretores e outros.
Ou seja. Os 320 podem votar em qualquer professor titular da usp que queira ser reitor. Os três primeiros colocados vão para a mão do governador de São Paulo, que elege o reitor ao seu bel prazer.

Acontece que desde o fim da ditadura militar os governadores sempre escolheram o primeiro da lista para ocupar o cargo, demonstrando espírito democrático. Mas Serra, o "economista", escolheu o segundo colocado da lista, elegendo o sr. Dr. Magnífico Grandíno Rodas. Personagem que fora diretor da faculdade de direito e que como seu mestre Serra, também colocou a polícia dentro da faculdade.





É óbvio que isso gerou e está gerando um debate. Lento...mas acontece.
E nesse contexto de debate, a greve.

Os funcionários da USP estão em novamente em greve desde o último dia 5.

Alunos e professores continuam suas aulas. Mesmo sem datas-show, restaurante universitário, biblioteca e tudo o que os funcionários administram...

Os estudantes da faculdade de direito tem fama de serem reacionários, partidários do PSDB, DEM e companhia. Só que dessa vez Serra ta pisando no pé....

Os estudantes da faculdade de Direito, a São Francisco, estão indignados com o Reitor, elegido por Serra.
Coloco a carta destes estudantes aqui, pois valerá mais a leitura do que uma explicação minha:

Carta dos estudantes da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo a toda a comunidade acadêmica

Caros Colegas,

Ao longo dos últimos anos, fomos obrigados a conviver com um desrespeito quase que diário a valores fundamentais, como a liberdade e a democracia, e é sobre esse desrespeito que queremos tratar aqui. Um desrespeito que de tão grande deixou de atingir apenas a nós, alunos de direito, e passou a atingir toda a comunidade da Universidade de São Paulo.

Em 2007, logo no início da gestão do então diretor da faculdade e hoje reitor da Universidade, Prof. João Grandino Rodas, fomos obrigados a aceitar uma reforma de grade atribulada, marcada pela pressa e pela falta de diálogo, e a ver a tropa de choque entrar em nosso pátio, acontecimento que não se repetia desde a ditadura militar. Em 2008, por muito pouco não assistimos a instalação de catracas e câmeras de segurança nos corredores de nossa faculdade sem qualquer discussão prévia. Ano passado, último ano de gestão do Prof. Rodas, ao iniciarmos as aulas, fomos surpreendidos por uma reforma sem prestação de contas. Além disso, presenciamos decisões administrativas no mínimo duvidosas, como o fechamento repentino da faculdade em plena semana de provas e a aceitação de uma “doação” que exigia uma contraprestação envolvendo duas salas, sem que isso passasse pelo processo administrativo previsto no estatuto da universidade. Porém, foi no inicio deste ano que a faculdade sofreu o maior de todos os atentados contra a democracia e a dignidade de seu patrimônio.

Em janeiro de 2010, no último dia de gestão do Prof. João Grandino Rodas, três portarias secretas foram baixadas. Elas determinavam a nomeação de duas salas, assunto que ainda estava em pauta na Congregação, e a transferência das nossas bibliotecas para um prédio anexo próximo à faculdade. Em três dias, nossa biblioteca com mais de 160 000 volumes foi encaixotada sem qualquer ordem ou cuidado, e transferida para um edifício sem a menor estrutura. O prédio, que se localiza na Rua Senador Feijó, nº 205, e que convidamos todos a conhecer, não possui ventilação, sistema de segurança e laudo que afirme ser a estrutura capaz de agüentar o peso de tantos livros. Possui vazamentos, fios desencapados e animais mortos que trazem risco constante, não só ao nosso patrimônio, mas a saúde dos funcionários que lá trabalham. Nossa biblioteca, que foi construída ao longo de 185 anos e que é considerada hoje a maior e mais significativa biblioteca jurídica do país, permanece encaixotada e inacessível. Nossos livros, que são o centro de toda a atividade acadêmica da Faculdade, estão sob as piores condições possíveis de conservação, muitos estão molhados devido a um cano que estourou e vários já sofreram danos irreversíveis.

Em abril, diante de um pedido de alunos e professores integrantes de uma comissão formada para discutir os rumos da biblioteca, o atual diretor da faculdade, Prof. Antonio Magalhães Gomes Filho, determinou a volta de parte do acervo para nossa sede. Por conta disso, a reitoria da USP começou a ameaçar a Faculdade de Direito. Ameaçou diminuir concursos para docentes, reduzir nossas verbas, tomar nosso prédio e, ainda assim, a decisão tomada pelo diretor, que mais tarde foi complementada e reafirmada por uma ordem judicial, foi mantida.

Diante dessa resistência às ameaças, o vice-diretor, Prof. Paulo Borba Casella, aproveitando-se de uma sexta feira em que nosso diretor estava hospitalizado, tentou de forma ilegítima revogar as ordens que determinavam a volta dos livros ao prédio histórico da faculdade. Graças à mobilização de diversos professores, não vimos um golpe na Faculdade de Direito.

Neste grave contexto, alunos, professores e funcionários uniram-se, nesta quarta feira (11/05), em um ato público que contou com a presença de mais de mil pessoas. Protestamos contra o que vem acontecendo e deliberamos sobre uma paralisação estudantil inédita na São Francisco. Fomos atingidos no centro do patrimônio público e no centro de nossos ideais. Não podemos e não vamos tolerar atentados tão graves à legalidade e à democracia dentro da Universidade. Exigimos o acesso às nossas bibliotecas, a renúncia do atual vice-diretor e a responsabilização e manifestação pública do Reitor e dos demais culpados pelos danos causados a este acervo.

Não somos contra transformações no espaço da faculdade, como veiculado pela grande mídia, muito pelo contrário. Sabemos que melhorias são necessárias. Entretanto, acreditamos que essas transformações devem ser fruto de um processo marcado pelo diálogo e pela transparência. Por conta da falta destes é que hoje somos uma faculdade sem biblioteca e, por pouco, não nos tornamos uma faculdade presa ao autoritarismo.

Os acontecimentos que presenciamos nos últimos anos culminaram com uma clara manifestação de desrespeito a um dos maiores patrimônios públicos do país. Sendo assim, esperamos que esta carta não seja apenas um relato da nossa ultrajante história recente, mas seja, também, um grande protesto contra a forma irresponsável como vem sendo tratado o patrimônio intelectual e material da Universidade de São Paulo.

Atenciosamente,

Alunos e Alunas da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo

Para mais informações e fotos do acervo acesse:

http://182-21.blogspot.com





É por isso que Serra pode estar cavando sua cova, arrumando inimigos até onde antes era o seu reduto....

E é por isso que digo: Serra não fez bem à educação, não fez bem à política, e não fez bem à democracia.... Mas ta difícil resolver isso no voto. Os que fizeram, fizeram pouco, ou quase nada.

Apenas 2% dos estudantes universitários no Brasil são negros, num país onde de acordo com dados do IBGE, pretos e pardos formam 45% da população...

No Sudeste, 82% dos estudantes do ensino superior freqüentam instituições particulares. Numa região onde a renda média é cerca de R$ 1.000 e aquele que faz faculdade a menos de 500 reais está possivelmente condenado a ter um diploma que não será levado tão a sério.

Quem paga o ensino público dos 18% ???

Pretos, pardos e pobres do Brasil. Uni-vos!

quarta-feira, 26 de maio de 2010

Vote em Serra para Presidente......

.....e veja como se faz política com autoritarismo:
























...e com repressão:
























































Porque quando os estudantes querem vagas, e os não fumantes o bom senso,....Serra resolve é na bala:




segunda-feira, 24 de maio de 2010

Para se entender a polarização dos votos...

Repasso este texto do Blog de Marcelo Fantaccini Brito. Um estudo de caso excelente na tentativa de se entender o voto do brasileiro.



Padrão de distribuição geográfica do voto: o Brasil virou EUA e os EUA viraram Brasil

Em uma eleição realizada em países de dimensões continentais, com território heterogêneo em termos de economia, sociedade e cultura, como seriam os resultados por região? Existiria a tendência das partes mais ricas de um país optarem por candidatos progressistas e as partes mais pobres optarem por candidatos conservadores? Ou a tendência seria a oposta?

Observando dois países gigantes, como o Brasil e os Estados Unidos, é possível dizer que a polarização política regional não segue um padrão imutável no tempo. Há tendências que podem ser invertidas.

No Brasil, o voto nos estados mais pobres foi mais conservador do que nos estados mais ricos por um longo período, que durou de 1945 a 2000. UDN, Arena e PFL tinham mais força nos estados das regiões Norte e no Nordeste, enquanto que PTB, MDB e PT tinham mais força nos estados das regiões Sul e no Sudeste. Em 2002, não houve polarização regional. Lula ganhou de lavada em todas as regiões do Brasil. Nas eleições municipais de 2004, teve início a tendência do PT e do PSB serem partidos mais fortes no Norte e no Nordeste. Esta tendência foi acentuada na eleição presidencial de 2006. Uma tendência, porém, persistiu: São Paulo como um estado que pende para a direita e o Rio de Janeiro como um estado que pende para a esquerda.

Nos Estados Unidos, o voto nos estados mais ricos foi mais conservador do início do século XX até o final dos anos 70. O Partido Republicano tinha muita força em estados ricos, como Maine, New Hampshire, Connecticuit e Vermont no Nordeste, e a Califórnia no Oeste. O Partido Democrata tinha muita força em estados mais pobres, como os do Sul. Os candidatos locais eleitos pelos sulistas não eram nem um pouco esquerdistas, pois o Partido Democrata era o preferido dos segregacionistas.

Mas os sulistas, com exceção de 1964, 1968 e 1972, votavam nos candidatos presidenciais democratas, como Roosevelt, Truman, Kennedy e Carter, assim como eleitores progressistas do Norte. Nos anos 80, não foi possível enxergar polarização geográfica do voto porque os republicanos levaram as eleições presidenciais de lavada. A partir de 1992, o mapa eleitoral dos EUA começou a ser redesenhado. O Nordeste, invertendo a situação anterior, tornou-se uma fortaleza democrata, enquanto que o Sul, também invertendo a situação anterior, tornou-se uma fortaleza republicana. Apesar de algumas inversões, algumas tendências persistiram. Nova York, Massachussets e o DC sempre foram e continuaram sendo democratas, e o Oeste interiorano sempre foi e continou sendo republicano.

Em resumo, o padrão de distribuição geográfica do voto no Brasil em tempos presentes é o mesmo que o dos EUA em tempos passados e vice-versa.
Os mapas a seguir, com os resultados das eleições presidenciais brasileiras de 1989 e 2006, e os resultados das eleições presidenciais norte-americanas de 1976 e 2008, mostram bem as tendências descritas.

Vencedor da eleição presidencial no Brasil de 1989 por estado

















Vencedor da eleição presidencial no Brasil de 2006 por estado

















Vencedor da eleição presidencial nos EUA de 1976 por estado












Vencedor da eleição presidencial nos EUA de 2008 por estado












Fonte [das imagens]: Wikipedia





É possível ver nos mapas grandes inversões nos dois países. Vejamos o Brasil primeiro. Os únicos estados que preferiram Lula em 1989 e Alckmin em 2006 foram Rio Grande do Sul e Santa Catarina, que são dois dos estados brasileiros com maior qualidade de vida. Já a Região Norte, foi inteira de Collor em 1989 e quase inteira de Lula em 2006.
Nos Estados Unidos, também houve mudanças marcantes. Muitos estados vermelhos viraram azuis e muitos estados azuis viraram vermelhos. Em 1976, Jimmy Carter levou o Sul (o da Confederação) quase inteiro, só faltou a Virgínia. Grande parte do Nordeste optou por Gerald Ford. Em 2008, Obama perdeu em quase todo o Sul. Ganhou apenas, justamente na Virgínia, e também na Carolina do Norte e na Flórida. O Nordeste foi todo para Obama. Dois estados enormes, como o Texas e a Califórnia, inverteram os lados.
Qual seria a explicação mais plausível para esta instabilidade de polarização política por regiões em grandes países? Podem ser os temas de campanha.

Quando o que divide os eleitores são temas econômicos, como o tamanho do Estado, o total de gastos em programas sociais e o papel do Estado em redistribuir renda, a poliarização por classe social costuma ser mais acentuada. Os ricos tendem para a direita e os pobres tendem para a esquerda. Como nos estados mais ricos há mais pessoas ricas e nos estados mais pobres há mais pessoas pobres, a polarização de classes se transforma em polarização regional, e portanto, o voto em regiões ricas pende para a direita e o voto em regiões pobres tende para a esquerda.

Quando temas culturais como religião, homossexualidade, aborto, educação e criminalidade tornam-se importantes para a definição do voto, a polarização de classe é suavizada. Candidatos com visões progressistas sobre estes temas tendem a atrair o voto de parcela da população mais letrada da classe média alta. Candidatos com visões conservadoras sobre estes temas têm penetração em parcela importante da classe média baixa e da população pobre das áreas rurais. Estados mais ricos, com cidades maiores, população mais urbana e maior influência de universidades tendem a serem mais progressistas do que estados mais pobres, com grande parcela de população vivendo em zona rural ou em cidades pequenas. Apesar disso, a polarização de classe neste caso não é completamente eliminada. Os candidatos esquerdistas são os preferidos dos mais pobres que vivem em estados mais ricos.

E o que esta análise serve para prever o futuro político no Brasil?

Muito provavelmente, a polarização regional da eleição presidencial de 2010 será a mesma que aconteceu na de 2006. Serra será preferido no Sul, em São Paulo e talvez no Centro-Oeste, e Dilma será preferida no restante no Brasil. Pelo que as pesquisas atuais indicam, porém, a polarização será mais suavizada. Nos próximos anos, com a população do Brasil cada vez menos pobre, e com cada vez mais gente entrando na classe média, temas culturais podem ter importância crescente, em detrimento de temas econômicos. Neste caso, o mapa eleitoral no Brasil pode ser novamente redesenhado, e não sabemos como será o novo desenho.

link para matéria direto do Blog: http://blogln.ning.com/profiles/blogs/padrao-de-distribuicao

sexta-feira, 21 de maio de 2010

Hillary Clinton e "a invenção de um inimigo".

Ta ok.

O Brasil faz um acordo com o Irã e Hillary Clinton, Secretária de Estado dos EUA, pede à comunidade internacional uma "resolução com sanções mais fortes".

Agora, em episódio recente, a Coréia do norte ataca um navio sul-coreano matando 46 tripulantes e Hillary Clinton pede "forte resposta internacional" ...e complementa: "É importante enviar uma mensagem clara à Coreia do Norte de que comportamentos provocadores têm consequências".



Quem está provocando quem???



Os discursos proferidos por hillary nos últimos tempos tem sido carregados de um ranço bélico tenebroso.

Os EUA, defensores da 'democracia' ocidental, já nos ensinaram como fazer uma "guerra preventiva"....É fácil:

* Fazemos uma lista de inimigos. Para os EUA da última era Bush os inimigos eram os grupos terroristas internacionais, os Estados que os toleram e os países que possuem armas de destruição em massa, podem telas, ou pensam em produzi-las.

* Depois disso deixamos claro que não podemos novamente receber ataques como o do 11 de Setembro. E então a guerra se justifica por um motivo de "prevenção".


É difícil entender a atual estratégia americana no desenrolar dos fatos. Cabe a reflexão e o olhar crítico no atual momento para decifrarmos qual tem sido a estratégia para se 'alimentar' as próximas guerras.


Algumas evidências já estão colocadas:


* Os discursos, pelo menos por parte de Hillary, tem sido ameaçadores.
* O Irã está colocado como país que pode e tem intenções de ter armas nucleares.
* E a secretária de Estado não tem conseguido controlar sua vontade insana de "enviar mensagens claras"...sejam elas quais forem... Cartas, pombos-correios ou mísseis scud.

terça-feira, 18 de maio de 2010

O Irã é o próximo Iraq?

Hillary Clinton subiu no palanque do senado americano nesta terça-feira (18) dizendo que o acordo sobre enriquecimento de urânio realizado entre Brasil-Turquia e Irã serviu apenas para enrolar as potências ocidentais...segue um trechinho do discurso:

“Enquanto reconhecemos os esforços sinceros da Turquia e do Brasil para encontrar uma solução para a disputa iraniana com a comunidade internacional sobre seu programa nuclear, estamos preparados para apelar à comunidade internacional por uma resolução com sanções mais fortes que vai, sob nossa ótica, enviar uma mensagem clara a respeito do que esperamos do Irã


A parte em negrito é de destaque meu...
Os EUA, país que entrou em guerra contra o Iraq, contrariando a posição da ONU, afirmava que o governo de Saddam Husseim obtinha armas de destruição em massa.
Mais de 5.000 soldados americanos mortos no Iraq e dezenas de milhares de civis iraquianos mortos numa escalada que chegou ultrapassar mais de 500 mortes por mês....e até hoje nenhuma arma química ou biológica encontrada....

Em 2002, um ano antes da guerra com o Iraq, Bush fez um discurso onde declarou:

"[...]o regime iraquiano possui armas biológicas e químicas, reconstrói instalações para fabricar ainda mais e, segundo o governo britânico, poderia lançar uma arma química ou biológica em 45 minutos (...) Este regime está tentando ter a bomba nuclear e com os materiais físseis poderia fabricá-la em um ano".

Ele somente se enganou???


Os EUA são peritos em "criar inimigos". Não é fácil justificar que seu país é responsável por metade dos gastos militares do mundo. Tem que ter inimigos, e "construir" guerras...


Segue três pequenos vídeos de entrevista com Antonio Salgado, embaixador no Teerã, capital iraniana.
Bem melhor que os discursos do jornal da Globo ontem, que apelou até para um comentário de um professor de Relações Internacionais da USP dizendo que o acordo sobre o enriquecimento de urânio não valeu de nada.

O Brasil de Lula e seus acessores fez um acordo inédito com o presidente do Irã. Acordo este que não havia obtido sucesso nas reuniões com os paises de "primeiro mundo"....obviamente temos que ser céticos, o acordo até o momento só esta no papel...os EUA são céticos...
Mas temos que ser céticos quanto aos EUA, e procurar entender porque o discurso do Jornal da Globo de ontem alinha-se tanto com o de Hillary Clinton hoje....coincidência???








segunda-feira, 17 de maio de 2010

Lula, Irã e as previsões de "especialistas".

Em novembro de 2009 Lula recebeu o presidente iraniano Ahmadinejad no Brasil.

José Serra, o "economista", escreveu na época um artigo na Folha de São Paulo criticando a visita.
Valeu de tudo. Serra chamou Ahmadinejad de "símbolo da negação", o comparou com Stalin e prosseguiu com sua defesa de que não deveriamos receber visita de tal presidente...Serra se utilizou do argumento de que Ahmadinejad não é democrático para criticar a politica externa de Lula...
...Lula não deve falar com ditadores e mal caráters? Fazemos política ou clube de amigos?

Aliados às ideias de Serra alguns "jornalistas" também criticaram o governo brasileiro....
Vale a pena ver o que os pupilos da revistinha veja, Diogo Mainard e Reinaldo Azevedo falaram...

segue uma do Mainardi:

"Em 16 de maio, o bispo Lula emulará o presidente Romualdo e dará o passo mais ruinoso de sua carreira. Ele procurará Mahmoud Ahmadinejad em sua cadeia iraniana e negociará com ele "olho no olho", prometendo ajudá-lo a escapar da polícia dos Estados Unidos e da Europa."
Link para a matéria completa

Bem...acho que o acordo não foi "o mais ruinoso".
Já diz tudo o título da matéria no site da BBC. "O Irã assina acordo nuclear proposto por Brasil e Turquia."


Mais uma vez apostamos em colunas com esses "jornalistas" se retificando e parabenizando a ação diplomática de nosso governo? Problematizando o assunto e procurando entender o que esse acordo significa?

Aposto, novamente, em notícias brandas e burras...

José Serra e a matemática.

segue uma quentinha do blog do palpiteiro...

"Então está explicado"

José Serra fazia engenharia na USP quando era presidente da UNE, em 1964.


José Serra apoiou João Goulart e foi perseguido pelo regime militar, assim como Jango.


José Serra afirma que estudou economia e muita gente acredita nele.


Muita gente que gosta de José Serra como político o acha um gênio como pessoa.




José Serra governou o Estado de São Paulo entre 2007 e 2010.




Gente que entende de educação questiona sua competência no governo.




José Serra quis uma vez dar uma aula de matemática a crianças.






O cálculo era simples. Uma divisão. 137 : 37.




Acesse o vídeo abaixo e veja como Serra faz contas.




Deve ser assim que ele calcula suas chances de ser presidente em 2010...




http://cloacanews.blogspot.com/2010/05/assim-sera-educacao-no-governo-serra.html


para acessar a matéria no site do palpiteiro clique aqui.

sexta-feira, 14 de maio de 2010

As peripécias de um governo que tenta agradar a gregos e troianos...

O Lula lançou no Dezembro último o PNDH, Programa Nacional de Direitos Humanos.
Pois bem. O PNDH é um projeto que inclui propostas diversas abrangendo temas referentes à saúde, propriedade privada, aborto, questões sociais, etc.

Alguns setores "chiaram" tanto, que nove pontos do programa foram alterados por Lula, atendendo à pedidos da igreja, dos militares e dos ruralistas. Representados respectivamente pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), pelo ministro da Defesa Nelson Jobim e pelos "coronéis" da Confederação Nacional de Agricultura (CNA), gente que tem muita grana e, geralmente, pouca compaixão...



O Lula atendeu aos pedidos, e parece que tenta entrar pra história como alguém mais solidário do que um político com posição sólida.


Alguns dos pontos modificados foram:

Não usemos no PNDH a expressão “repressão ditatorial”;

Não vamos alterar o nome de ruas, praças e prédios públicos que levam o nome de torturadores do perído da ditadura brasileira de 1964 a 1985;

Não haverá participação de invasores de terra nos processos de reintegração de posse.


Traduzindo...

Evitemos escancarar os crimes praticados durante a ditadura.
Continuemos a promover a memória de torturadores, e julgando integrantes de movimentos pela reforma agrária de forma a não haver defesa da parte deles.


O Boris Casoy e seus seguidores irracionais esbravejaram bastante com esse PNHD, dizendo que no texto havia restrições à liberdade de informação da imprensa e tudo mais.



A CNA e Ministério da Defesa restringiram a possibilidade de um debate referente a ditadura e podaram mais ainda os direitos de defesa do MST e outros grupos de luta pela terra como um direito de todos.

Boris e seus amigos vão esbravejar quanto a isso? Aposto em notícias brandas...

...e o Lula? bem...ta tentando não pisar em calos...mais uma vez.

terça-feira, 11 de maio de 2010

O Papa, a Nossa Senhora, e os Negros.

No 13 de Maio Portugal celebra o dia dedicado à Nossa Senhora de Fátima.

O Papa, obviamente, segue viajem ao país em celebração.

Nos últimos anos Portugal aprovou uma lei para facilitar o divórcio, descriminalizou em 2007 o aborto, e tramita no país uma lei que permite o casamento homossexual.

O vaticano alega serem estas leis contrarias à doutrina católica. O Papa vai dar seus pitacos...


A relação é complicada.
De um lado, o Papa criticando um país quem tem 90% de sua população católica. Do outro, o Vaticano sendo criticado pela falta de ação nos casos de pedofilia, uma vez que vários bispos acusados de terem o mal de Michael Jackson (que Deus o tenha, e longe dos anjinhos) foram apenas transferidos para outras paróquias....Qual é? Um bispo, padre ou sei o que lá, tarado, violenta uma criança e é transferido? As paróquias que recebem esses "papa anjos" são distantes de creches e berçários? É isso?..

Bizarro.

Bem...no mesmo 13 de Maio "celébra-se" a Lei Áurea que "extinguiu" a escravidão no Brasil em 1888.

Portugal e espanha foram peritos na empreitada de transformar homens africanos em mercadoria.


A Nossa Senhora está em paz. Os negros nem tanto. 122 anos da abolição e o preconceito racial e o descaso com o negro em nossa sociedade é evidente. Faça um exercício. Conte quantos negros dão ou deram aula pra você. Porquê os negros não fazem parte da elite intelectual? Agora conte quantos negros há numa cela de presídio....


A igreja por muito tempo foi condizente com a escravidão negra. O Papa vai lembrar disso? Ou vai ficar nessa de que aborto, divórico e homossexualismo não são posturas cristãs?

Valerá a pena conferir seu discurso nesse dia 13.

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Sem intenção de matar???

Qual o trabalho do policial?

Não bastasse todas as mortes ridículas em brigas de trânsito, bares e outras besteiras conjugais, temos ainda que enterrar nossos filhos por causa de truculência militar sem motivos?

Porquê o policial bate no motoboy, preto, favelado, da Zona Sul, e te pede encarecidamente para que guarde o baseado quando você é branco e estudante universitário?

Qual o papel da polícia?


Segue matéria do site do Nassif, falando da polícia que espanca um filho na frente da mãe até a morte, bem no dia das mães...eles, os policiais, serão julgados por crime culposo, sem inteção de matar...

até quando??...


http://colunistas.ig.com.br/luisnassif/2010/05/10/a-escalada-de-violencia-da-pm-paulista/#more-60356

A terceirização e as greves.

Trabalhei dois anos e meio na Sitel, empresa que faz o atendimento e suporte técnico aos cliente possuidores de equipamentos (notebook, palm tops e outros) da HP. Serviço terceirizado. Não é novidade pra ninguém.

O suporte on-line era feito dentro da HP mesmo, lá em Alphaville. Tudo bonitinho,..sala de descanso com TV e tudo.... me disseram que até yoga tinha até um tempo antes de eu entrar na empresa.
Salário regular, pago sem atrasos, vale refeição de cerca de 170 reias e mais ajuda pra gasosa (no caso da pessoa usar carro pra ir trabalhar) de uns 180 reias se me lembro bem.

Ficamos sabendo de uma hora pra outra que passariamos a trabalhar na própria Sitel que tem sede na Barra Funda. Decidido e pronto. Em um mês estavam todos transferidos...pros que não conseguiam fácil acesso à Barra Funda, problema.

Chegando na sede da Sitel nos demos conta da perdas...a empresa não tinha estacionamento, logo cortaram o vale-gasolina justificando que não fazia mais sentido...como não estavamos mais em Alphaville e a comida na Barra Funda era, segundo a empresa, mais barata, cortaram cerca de 40 reais de nosso vale refeição. Até questionamos sobre ser ilegal reduzir os benefícios, mas nesse caso não era. A jogada é simples. Você assina um contrato ao entrar na empresa, onde um dos itens justifica que você recebe por exemplo 100 reais de vale refeição, o restante é um benefício "extra" da empresa, podendo ser cortado a qualquer momento.

O salário continuou na mesma...ufa.


Existe um sindicato que "respondia" por nós atendentes de suporte. É o Sintratel. Eles não se posicionaram, não emitiram um comunicado sequer. Perdemos. Não houve greve, só reclamações entre funcionários nos horários de respiro/almoço...


As empresas de telemarketing e a inércia de seus sindicatos é somente mais um exemplo dos setores que ja perderam a luta. Setores que não tem mais voz e ferramentas para questionar e resistir...se perdemos benefícios, não reclame, estamos prestes a perder o emprego...


Dia 5 desse mês os funcionários da USP entraram em greve. Ao menos nas faculdades de humanas da USP estão havendo debates entre alunos e funcionários. Os professores em sua maioria fingem que nada ocorre. Ganharam aumento salarial e um novo benefício no ano passado. Não há o que justifique a paralisação deles. A categoria foi comprada.

Entre os alunos, há os que são a favor de uma greve geral (alunos, funcionario e professores); os que são contra qualquer greve, e os que só querem assistir à Copa.

O Sintusp, sindicato dos trabalhadores da USP é um dos organismos que ainda defende o direito dos trabalhadores e protestam por boas condições de trabalho, pelos direitos da mulher, por salários justos...os trabalhadores, professores, e alunos, são a universidade...e a universidade está comandada por pessoas que a querem tranformá-la em uma empresa de telemarketing com um sindicato igual ao Sintratel...cabe a quem defender o direito ao ensino público de qualidade?

quinta-feira, 6 de maio de 2010

A Espanha é aqui?

Os espanhóis gostam mesmo do Brasil.

O banco espanhol Santander comprou o Banco do Estado de São Paulo (BANESPA). Linhas de trem e vagões espanhóis tomaram conta das linhas da CPTM. Uma empresa espanhola, a tal de Telefonica, abocanhou a telefonia comprando a Telesp; e um grupo chamado Santillana toma conta dos livros didáticos vendidos às escolas em São Paulo através da acessoria de Paulo Renato Souza, secretário da educação em SP....o assunto é polêmico...

Não bastasse tudo isso, o mesmo Santander espanhól substituiu o patrocínio da Copa Libertadores da América. Aquela que já foi Toyota Libertadores lembra? ...dica: Aquela em que o São Paulo já ganhou mais de....bem, hoje a Copa é chamada de Santander Libertadores...

Ontem, mais uma vez, um time chamado Corinthians perde a chance de continuar o sonho de conquista da tão sofrida, primeira , taça libertadores. Repito, a sofrida e famigerada, Primeira Libertadores...

Não foi dessa vez....

Talvez o problema esteja no patrocinador do campeonato...será?

chóooora....

quarta-feira, 5 de maio de 2010

Os Estados Unidos e seu modo peculiar de ensinar geografia.

Há uns dois anos li uma coleção de textos do Tariq Ali, um Paquistanês daqueles que a gente é obrigado a ler se quiser entender alguma coisa de Oriente Médio.

Lembrei do livro por um motivo bem peculiar. Estava no trem em um momento de leitura dessa coleção de textos e me deparei com um trecho do livro que me deixou em gargalhadas. Isso provocou a curiosidade dos navegantes da minhoca de metal que viram meu acesso de riso sem entender nada...muitos procuraram olhar a capa do livro a fim de poder decifrar o que me provocava as gargalhadas.
A acidez e capacidade de deboche que tem Tariq Ali ao comentar certos assuntos trágicos são capazes de provocar o riso e o ódio....o trecho é esse aqui:

“O que realmente me impressiona nos Estados Unidos é a falta de cobertura televisiva do resto do mundo. É como se a única forma de eles ensinarem geografia às pessoas fosse através do bombardeio de países. Você não sabe onde fica o Afeganistão? Fica aqui, veja, estamos jogando bombas nele. Você não sabe onde fica o Iraq? Fica aqui. Vamos bombardeá-lo, e então vocês saberão onde é. [...] Você não permite que as pessoas pensem sozinhas – você as deixa assustadas.”

Parece que o próximo país a ser estudado nas aulas de geografia nos EUA é o Irã com seu famigerado arsenal nuclear...terão sucesso os professores?

segunda-feira, 3 de maio de 2010

O Xilique de Faustão...

Estava me divertindo com um vídeo do MV Bill no programa do Faustão...acontece que aos 5 minutos e 30 e poucos segundos o MV Bill lança uma rima que faz o Faustão pensar que era de improviso, uma vez que o trecho parecia denunciar o que a Globo costuma fazer....

O trecho é esse aqui:

“Porque tem proceder Pra que? Porque?
Só tem paquita loira, aqui não tem preta como apresentadora
Novela de escravo a emissora gosta mostra os pretos
Chibatadas pelas costas”

O trecho tbm faz parte da música, mas reparem, o MV Bill esboça um sorriso com um certo ar de sarcasmo segundos antes do trecho...Acho que o Faustão percebe, e, pensando ser um ataque à emissora o gordo tenta parar com a música dizendo ser trecho de improviso, mas o grande Bill representa e continua no microfone, porque como ele canta logo no primeiro verso da letra:

“Vai ser preciso muito mais pra me fazer recuar”


Pra quem quiser ler e ouvir a música, ta aí:

http://letras.terra.com.br/mv-bill/72674/

Qual é a da Time?

Segundo o OUL, o departamento de Relações Públicas da revista Time disse que a revista não faz distinção no nível de influência das pessoas que aparecem na lista de líderes. Assim Lula seria mais um dos líderes influentes, e não o mais influente.

De qualquer forma o nome do Lula é o primeiro de uma lista que não está em ordem alfabética....é de se pensar....

Fonte para a matéria do UOL:

http://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/internacional/2010/04/29/time-nega-que-tenha-escolhido-lula-o-lider-mais-influente-do-mundo.jhtm