terça-feira, 7 de setembro de 2010

A lei que a mídia escolhe informar.

Estamos acompanhando às informações sobre a nova lei de uso obrigatório de cadeirinhas infantis de segurança nos automóveis particulares.
A lei se resume basicamente à obrigatoriedade do uso de cadeirinhas nos automóveis conforme a idade da criança. Uma cadeirinha para crianças com até 1 ano de idade, outra para aquelas com até 4 anos, e mais uma para as de 4 a 7 anos e meio de idade.

As lojas já começaram a venda dos equipamentos. Na Americanas a mais barata custa 89 reias. Os mais exigentes podem comprar uma pela bagatela de R$ 1.099.

Afora as questões óbvias de segurança, cabe a desconfiança da verdadeira necessidade do equipamento.


É concensual que as crianças de até 3 anos precisam de cadeirinha para estar seguras no automóvel. Uma criança de três anos normalmente não mede um metro, o cinto de segurança fica frouxo na pequena cintura. Porém, ao chegar aos 5 anos a criança já tem corpo o suficiente para ser protegida pelo cinto.
Óbviamente deve haver uma explicação técnica totalmente razoável para provar que, com uma cadeirinha determinada, a criança estaria mais protegida, porém, é realmente necessário a obrigatoriedade?

Faça um filho hoje, e até os sete anos da criança terá um estoque de 3 cadeirinhas coloridas. Se tiver o azar de trigêmeos poderá ter uma revenda delas....

Uma criança de 6 anos fica realmente desprotegida usando o cinto comum?

Essa lei serve à segurança ou ao lobby de algum empresáriado?

Tem me gerado dúvidas o assunto. Cabe a pesquisa.


Ao mesmo tempo em que as propagandas de tv, rádio e as notícias dos telejornais insistem em "conscientizar" sobre a nova lei, um projeto de lei sobre um novo "código florestal" tramita na Câmara dos Deputados.

O projeto foi escrito e está sendo defendido pelo Deputado Estadual pelo PC do B, Aldo Rebelo, e consiste basicamente em retirar algumas áreas de proteção ambiental da lei que hoje as protege. Ou seja. Áreas que hoje são consideradas Áreas de Preservação Permanente (APPs), como topos de morros, serras, montes e montanhas, serão suprimidas, não necessitando mais serem preservadas.
O projeto ainda propõem a redução da faixa mínima de conservação das matas ciliares, fazendo com que a área preservada passe de 30 (atual lei) para 15 metros de distância dos rios.

Suprime-se da preservação algumas configurações geográficas e reduz as faixas de mata ciliar....Tenho procurado entender quem em plena sanidade exclúi da proteção ambiental uma "serra". Há um complexo de serras abrangendo do sudeste/sul até o Brasil central. A intenção é encher isso tudo de soja?


O triste é ver que estão todos super informados sobre as cadeirinhas, mas pouca gente sabe explicar o que é o novo código florestal, ou o que verdadeiramente significa a lei "ficha limpa".
As grandes empresas de informação escolhem um fato e o noticiam até cansar. Alguns desses fatos eles fazem questão que as pessoas absorvam, fazendo reportagens especiais, simulações gráficas e produções quase cinematográficas como no "caso bruno". Já as infomações que podem provocar mobilização social....

2 comentários:

  1. opa d2! fmz pelo toque
    tá da hora os texto novo
    abç mano

    ResponderExcluir
  2. A lei florestal me fez refletir um outro fator que ocorre aqui na Pedreira (Z/S). As áreas mananciais nas proximidades da represa Billings, já ocupadas a mais de 20 anos, estão sendo regularizadas pelo orgão responsável para seu moradores de baixa renda, aonde são isentos de IPTU até hoje. Os terrenos, alguns em área de risco, outros até bem localizados pertenciam as antigas Estatais Eletropaulo,CESP. O olho grande de médios empresários nos terrenos vem crescendo ultimamente, aonde ofertam de uma forma que nenhum pai de família iria recusar a proposta de vender os lotes. To tentando refletir no jogo de interesses que rola aqui na quebrada....

    ResponderExcluir