segunda-feira, 31 de maio de 2010

A transformação da saúde em um comércio perverso.

A Folha divulgou um estudo do Cremesp (Conselho Regional de Medicina de SP), onde médicos foram questionados, entre outras coisas, sobre a influência dos propagandistas de laboratórios farmacêuticos na hora da prescrição de um medicamento.

48% dos médicos que recebem visitas de propagandistas de laboratório em seus consultórios responderam que seguem as sugestões dos mesmos.
Ou seja, boa parte dos médicos lhe dão um remédio a partir de orientações de uma indústria especialista na área, que o atualiza das novidades do mercado. O que não teria nada de errado....

Quem assistiu ao filme "O Jardineiro fiel" sabe que tem algo errado, e muito errado mesmo.

O filme conta um pouco sobre como alguns desses grandes laboratórios "testam" seus remédios obrigando pacientes aidéticos da África, que recebem remédio gratuito de certos laboratórios, a tomarem um outro remédio, e relatar seus 'efeitos'.

A lógica é simples:

Você é um africano pobre e aidético. (desgraça pouca é bobagem)

Se quiser meu remédio para AIDS de graça terá que tomar um outro, para outra doença qualquer, só pra me dizer os efeitos colaterias.

Quando eu chegar a uma fórmula que não provoque danos eu começo a vender o medicamento na Europa.




Inocência é achar que isso ocorre só na África.
Se o país é do sul e pobre, é grande candidato a ser o berço dos testes de medicamentos. Que orgulho eim!


Uma das substâncias mais usadas para emagrecimento no Brasil é a sibutramina.
A Emea, agência de medicamentos da Europa, suspendeu o uso do medicamento pois o mesmo aumentaria os riscos de doença cardíaca.

O Brasil é recordista em consumo de remédios para emagrecer, e a sibutramina é uma das substâncias legalizadas encabeçando a lista das mais usadas para emagrecimento no país. Acaso?...

Quem for mais curioso encontrará uma lista grande de remédios proibidos nos EUA e Europa e ainda comercializados nos desgraçados países do sul. Divirta-se.

Um comentário:

  1. Eles testam os remédios aqui no Brasil, nos pobres. Marcio Antônio

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